Volta dos eventos deve gerar efeito em cadeia com aceleração da retomada da economia alagoana
Turismo, varejo, atacado, serviços, bares e restaurantes. A retomada do setor de eventos, estabelecida pelo Decreto Nº 75.087, anunciado pelo Governo de Alagoas nesta quinta-feira (8), deve impulsionar as atividades de diversos segmentos da economia alagoana. Sem perspectiva de volta aos trabalhos desde março de 2020, devido às restrições impostas pela pandemia de Covid-19, com a flexibilização, ainda parcial, a expectativa é que a categoria volte a movimentar uma rede diversificada de fornecedores, com geração de empregos diretos e indiretos, e, por consequência, fortaleça o setor turístico.
Famoso por suas belezas naturais, o estado também se destaca por sua gastronomia, que, no pré-pandemia, vinha inspirando a realização de festivais e outros eventos, a exemplo do Sabores de Alagoas, e, por consequência, funcionava como um importante atrativo turístico. E esse é apenas um dos exemplos de possibilidades que podem movimentar a economia alagoana que conta com o envolvimento de diversos segmentos.
Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Gilton Lima, com as pessoas já conscientes da importância dos protocolos sanitários, em um contexto onde o número de alagoanos imunizados cresce cada vez mais, a tendência é que aconteçam mais flexibilizações a cada novo decreto. “Com o empenho de todos, nós vamos superar esse momento. Precisamos continuar seguindo nesse caminho, salvando vidas, gerando empregos e fortalecendo a economia”, ressaltou.
Para se ter uma ideia do prejuízo sofrido pelo setor, segundo a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), mais de 350 mil eventos deixaram de ser realizados no país em 2020, ano de início das restrições. Com isso, o segmento deixou de faturar cerca de R$ 90 bilhões e pelo menos um terço das empresas fecharam as portas definitivamente.
Em Alagoas, com 2.222 empresas, conforme dados da Receita Federal, o setor vê com bons olhos a flexibilização, ainda que parcial. “O retorno progressivo do segmento é importante. De forma geral, a sinalização do governo é positiva”, observou Sérgio Feitosa, diretor regional da Abrape em Alagoas.
De acordo com o decreto, está autorizada a realização de eventos sociais, corporativos e celebrações, sem venda de ingressos, a partir de 12 de julho. Ao ar livre, o público deve ser de até 100 pessoas, já em locais fechados, a organização não pode ultrapassar o limite de 50 pessoas.
Outra novidade do decreto anunciado nesta quinta-feira é a liberação para funcionamento de teatros, museus, parques temáticos, circos e cinemas, respeitando o limite de 30% de sua capacidade. A exemplo do setor de eventos, essas atividades também foram fortemente impactadas pelas restrições, amargando prejuízos desde o início da pandemia.
Assessoria