TJ medeia reunião entre moradores da orla lagunar e Prefeitura de Maceió
O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), desembargador Tutmés Airan, mediou uma reunião entre moradores da orla lagunar e a Prefeitura de Maceió. O encontro, que também contou com a participação do Gerenciamento de Crise da Polícia Militar e de representantes da Caixa Econômica Federal, teve como objetivo encontrar soluções para o conflito envolvendo a construção de casas populares na região.
Entre as reclamações dos moradores estavam a falta de comunicação com os órgãos municipais sobre o andamento das obras do conjunto habitacional, a falta de acesso ao contrato com a Caixa e o aumento da insegurança após serem colocados tapumes ao redor do local onde serão construídos os imóveis. O projeto da Prefeitura pretende construir apartamentos na área onde hoje passa a avenida Senador Rui Palmeira e uma nova pista deve ser pavimentada onde ficam as favelas do entorno da lagoa.
Um dos líderes comunitários, Samuel Drummond, classificou a reunião como positiva já que tiveram acesso, pela primeira vez em 10 meses, a versão provisória do projeto do conjunto habitacional e a promessa de criação de um comitê de diálogo com a Prefeitura de Maceió.
Temos dificuldade de manter esse diálogo com a Prefeitura de obter as informações que precisamos. É uma reunião importante porque saímos daqui com a criação de um fórum que mantém diálogo permanente, e esperamos conseguir com isso as soluções que precisamos. O projeto abarca 1776 moradias e 3 mil barracos cadastrados, fora os que não foram cadastrados. Os tapumes viraram palco de uma violência que tapava a realidade da lagoa, representavam um conflito social.
O secretário-adjunto de Habitação do Município de Maceió, Anderson Ricardo, afirmou que a comunidade participou do projeto desde o início, quando foram eleitos 15 representantes para contribuírem com o projeto.
“A medida que a obra vai tomando vulto, nós fazemos reuniões com a comunidade onde repassamos várias informações do projeto. A obra sofreu uma paralisação por conta da suspensão do repasse dos recursos. Eles colocaram a questão dos tapumes que trazem transtorno como qualquer obra traz, mas é uma necessidade de isolamento. Não há como prosseguir com pessoas transitando no local. Vamos trabalhar com a comunidade para minimizar os problemas que os tapumes podem gerar. Estamos prontos para ouvir a ajudar o máximo que pudermos”, disse.
De acordo com o superintende regional da Caixa Econômica Federal, Rodolfo Santos, o banco está com contrato assinado e aguarda autorização para que a obra seja retomada. “Atualmente temos uma pequena parte da obra já executada, o que foi bom porque os contratos que não tiveram obra iniciada, ainda dos assinados em dezembro passado, foram destratados. Esta foi uma obra que não foi alvo desse destrato por conta de já ter sido iniciada. Temos expectativas de que, a médio prazo, consigamos a liberação para o efetivo andamento dessa obra”, disse.
Robertta Farias – Dicom TJAL