Time de basquete realiza rifa em prol de atleta da equipe

Assessoria

Provando que o esporte promove união, as atletas do time de basquete da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Maceió tiveram a iniciativa de realizar uma rifa solidária em prol da colega de equipe, Maria Beatriz, diagnosticada há um ano e meio com Esclerose Sistêmica Generalizada, uma doença rara.

De janeiro de 2019, quando Maria Beatriz recebeu o diagnóstico, até hoje, a vida da atleta mudou completamente. “Primeiramente no físico e, depois, no psicológico. Eu era extremamente ativa e perdi muita mobilidade e força, além de outras limitações que surgiram. A doença assusta bastante e, somada aos sintomas e ao prognóstico, deixa tudo mais complicado de aceitar”, conta.

O objetivo da ação é arrecadar dinheiro para custos médicos e medicamentos enquanto a atleta aguarda auxílio do Governo. Segundo Maria Beatriz, a ideia da rifa surgiu de uma amiga, que ofereceu uma camisa autografada do jogador Emanuel, da seleção de vôlei de praia. “No mesmo dia, a capitã do time sugeriu fazer uma ação com rifas para ajudar nos custos com os medicamentos. Juntamos as ideias e lançamos a rifa. O sorteio será no dia 11 deste mês”, diz a estudante.

Além da rifa, Maria Beatriz vende doces com a sua mãe. “A ideia de simplesmente passar as contas para as pessoas ajudarem não me agradava. Eu queria me sentir útil e, como antes da pandemia eu vendia brigadeiros na faculdade para tentar comprar alguns remédios, decidi dar opções para as pessoas me ajudarem, além de conhecerem meu trabalho junto com minha mãe”, explica.

Maria Beatriz também é aluna do curso de Fisioterapia da UNINASSAU Maceió. “Sempre tive a ideia de que eu precisava trabalhar ajudando as pessoas. Tive experiências em outros cursos, mas me identifiquei com a Fisioterapia por causa das minhas condições e as possibilidades que ela me dá para poder exercer a profissão. Tudo que faço hoje tem sido bastante desafiador e a graduação não é exceção. Frequentar todos os dias é um desafio, por conta das dores e das crises. Mas me sinto realizada a cada elogio, reconhecimento dos colegas e professores e a cada trabalho bem feito. Me esforço para depositar o meu melhor e fazer tudo com amor”, pontua.

Maria Beatriz revela que a doença provoca questionamentos e, às vezes, solidão. “Isso acaba deprimindo, tirando o brilho da vida. Porém, essa ação veio em tempo de me lembrar que eu sou uma menina querida e especial. Me deu vontade de continuar e de viver. Tem coisas na vida que não tem preço e, sem sombra de dúvidas, todo esse apoio é uma delas”, conta.Quem se interessar em comprar a rifa ou ajudar de outras maneiras, pode buscar informações pelo WhatsApp (82) 99910-5727.

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