Sesau reforça a importância de comunicar a família o desejo de ser doador de órgãos

Sesau reforça a importância de comunicar a família o desejo de ser doador de órgãos

Ascom Sesau

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio da Central de Transplantes de Alagoas, reforça a importância de mais pessoas se declararem doadores de órgãos. Isso porque apenas a família pode autorizar a doação em caso de morte encefálica, e comunicar esse desejo em vida é fundamental para que, posteriormente, essa vontade seja respeitada.

 

O reforço na sensibilização das pessoas para que dialoguem com seus familiares sobre o desejo de ser um potencial doador de órgãos se baseia na necessidade de reduzir a fila de espera por transplantes em Alagoas. Isso porque, para que os transplantes se concretizem, é necessário que o sim à doação de órgãos aconteça de forma periódica, nos casos em que os pacientes evoluem para morte encefálica e têm condições clínicas de doar.

 

Na parte que cabe à esfera pública, o Governo do Estado criou, no ano passado, por meio da Sesau, o Programa Alagoas Transplanta, visando aumentar o número de transplantes em Alagoas. Com isso, o Hospital do Coração Alagoano, situado em Maceió, foi habilitado para realizar transplantes de coração, fígado e rim. Dezesseis procedimentos já foram realizados em nove meses.

A coordenadora da Central de Transplante de Alagoas, Daniela Ramos, salienta que ser um doador de órgãos pode transformar e salvar diversas vidas. “Cada pessoa que se declara doador pode beneficiar várias outras que estão na fila de espera. O transplante é, muitas vezes, a única alternativa para pacientes que sofrem de doenças graves e irreversíveis”, destaca.

Para aumentar esses números, Daniele Ramos reforça a necessidade de que os alagoanos expressem em vida o desejo de serem doadores. “No Brasil, a doação de órgãos só acontece com a autorização da família e, desse modo, a pessoa que tiver o desejo de doar, deve comunicar à família, conscientizando-a para que compreenda e compartilhe a relevância da doação de órgãos, em casos de morte encefálica”, enfatiza.

 

Ela explica, ainda, que boa parte da taxa de recusa ocorre por motivos e tabus sociais e da falta de conscientização sobre a morte encefálica, que é um processo irreversível. “Embora nenhuma religião seja contra a doação de órgão, questões religiosas são umas das causas de recusa familiar para doação de órgãos. Além do fato de algumas famílias terem medo de que o corpo seja modificado e deformado. Mas é preciso ressaltar que trata-se de uma cirurgia eletiva como outra. Há também uma Lei que garante a recomposição do corpo para que seja entregue aos familiares visando realizar o sepultamento”, esclarece Daniela Ramos.

 

Lista de Espera

 

 

Atualmente, a lista de espera por transplante de órgãos conta com 538 pacientes, sendo 523 de córnea, um de coração, quatro de fígado e 10 de rim. Em 2024, foram realizados 171 transplantes no Estado, sendo 141 de córnea, dois de coração, 14 de fígado e 14 de rim. Já em janeiro de 2025, sete procedimentos foram executados, incluindo quatro transplantes de córnea, um de fígado e dois de rim.

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