R$ 30 milhões: Empresários e auditores fiscais de Alagoas são alvos de operação

R$ 30 milhões: Empresários e auditores fiscais de Alagoas são alvos de operação

 Foto: Assessoria

Na manhã desta quarta-feira (02) o Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf) do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL) deflagrou uma operação contra oito empresários e contadores acusados de uma série de crimes, dentre eles, fraude societária e lavagem de bens. O prejuízo aos cofres públicos ultrapassa os R$ 30 milhões. Quatro pessoas já estão presas. 

Os alvos da operação são pessoas físicas e jurídicas ligadas, direta ou indiretamente, ao conglomerado de empresas de “Eliane da Globo”, que funciona em União dos Palmares.

Estão sendo cumpridos 38 mandados, sendo oito de prisão e 30 de busca e apreensão, todos expedidos pela 7ª Vara Criminal da Capital – de Combate ao Crime Organizado.

Todos os presos são acusados de envolvimento nos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, fraudes societárias, falsificação de documentos públicos e privados, lavagem de bens e corrupção de agentes públicos. Dentre esses agentes públicos envolvidos, dois são auditores-fiscais e foram afastados do cargo.

Segundo as investigações do Gaesf, o esquema criminoso causou grave prejuízo ao tesouro estadual. Tal montante gira em torno de R$ 30 milhões em valores corrigidos monetariamente, e com multas e juros.

Foi também decretado, judicialmente, o bloqueio de bens imóveis e móveis dos acusados. A organização criminosa, que operava somente em Alagoas, era integrada por empresários, “testas-de-ferro”, “laranjas”, contadores e auditores-fiscais.

A operação foi comandada pelos promotores de Justiça Cyro Blatter – coordenador do Gaesf, Marília Cerqueira e Anderson Cláudio de Almeida e por integrantes da Secretaria de Estado da Fazenda, Procuradoria-Geral do Estado, Polícia Civil e Polícia Militar de Alagoas. Todas essas instituições compõem o corpo técnico do Gaesf.

E para a operação desta quarta-feira (2), também compuseram as equipes que cumpriam as diligências a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Instituto de Criminalística (IC) e a Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris).

Gambito da rainha

O nome da operação é uma alusão a abertura que o enxadrista faz com o propósito de sacrificar o peão da rainha para obter vantagem e ganhar o jogo.

Assessoria

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