Prefeitura tem até hoje para limpar os sargaços das praias de Maceió
Prefeitura de Maceió tem até esta segunda-feira (18) para limpar todo o sargaço da orla de Maceió, que compreende as Praias de Pajuçara, Ponta Verde, Jatiúca e Cruz das Almas.
O Município foi notificado pelo Instituto do Meio Ambiente em Alagoas (IMA/AL) após constantes denúncias de moradores das regiões.
O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) emitiu, na manhã dessa quinta-feira (14), uma notificação para que a prefeitura de Maceió remova o sargaço acumulado na areia das praias urbanas de Maceió. A medida foi tomada após o recebimento de reclamações por parte de usuários e entidades que reúnem empreendedores da região.
O documento foi enviado à Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) com um prazo de cinco dias para a remoção. Nele é solicitado que a retirada seja feita considerando o mau estar da população, por causa do forte odor e o impedimento da livre circulação dos banhistas.
Um dos principais problemas, segundo o setor de Gerenciamento Costeiro (Gerco) do IMA, é que, apesar de se tratar de matéria orgânica, a decomposição gera o odor que por sua vez é agravado pela quantidade de resíduos misturados às macroalgas. A remoção pode ser feita, na área urbana de Maceió, com os devidos cuidados para não causar danos na biota local.
“O sargaço decomposto é “mineralizado e serve de alimento para organismos que são a base da cadeia alimentar. Entretanto, na área urbana, além do desconforto da população, há o problema da grande quantidade de resíduos plásticos agregados às algas, uma das maiores ameaças à biodiversidade marinha”, disse Ricardo César, coordenador do Gerco.
Trade Turístico
Durante reunião realizada entre técnicos do IMA/AL e representantes da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), esses foi um dos temas debatidos. “Nos principais destinos turísticos o sargaço é retirado por causa do incômodo, acreditamos que essa seja uma ação importante para os usuários daquela área”, comentou Adriana Vasconcelos, diretora de relação Institucional da ABIH.
Segundo Gustavo Lopes, diretor-presidente do IMA/AL, não há impedimento legal para a remoção dos sargaços, desde que sejam tomados os devidos cuidados.
Ele lembrou que a “prefeitura já foi notificado por causa desse mesmo problema que, por sua vez, é sazonal. No ano passado não houve problema porque a remoção estava sendo feita. Mas, nos anos anteriores foi necessário a interação com a prefeitura para a realização do trabalho”.
Histórico
Em outubro de 2015 os usuários da região apelavam para a remoção do sargaço à prefeitura de Maceió que argumentava não fazer a retirada por impedimento do IMA/AL. Na época, o Gerenciamento Costeiro do Instituto esclareceu que não havia impedimento assim como nenhum órgão da administração municipal havia feito qualquer tipo de solicitação ou comunicação formal sobre o assunto.
Como não houve resolução, em abril de 2016 foi feita uma reunião entre representantes do IMA, da então Secretaria Municipal de Promoção do Turismo (Semptur) e da Slum. Na ocasião, foi decidido que a Superintendência solicitaria ao órgão estadual a autorização para a retirada do sargaço, por causa do desconforto aos moradores, comerciantes e turistas, sem causar danos ambientais com a retirada exagerada de sedimentos.
Mais uma vez não houve andamento. Então, em fevereiro de 2017 o IMA/AL emitiu uma notificação para a prefeitura, através da Slum, para retirar o sargaço da região, com um prazo máximo de cinco dias. A partir daí, as macroalgas, que se acumulavam com grande quantidade de lixo, passaram a ser retiradas.
Redação com IMA