Ponte de safena: cirurgião explica benefícios da revascularização do miocárdio para o tratamento da doença aterosclerótica coronariana
Obstrução nas artérias do coração pode comprometer qualidade de vida do paciente e causar sintomas como sensação de falta de ar, cansaço e desmaios
Conhecida popularmente como “ponte de safena”, a cirurgia de revascularização do miocárdio é, atualmente, uma das mais realizadas em todo o mundo. Esse tipo de procedimento é indicado quando as artérias coronárias estão obstruídas pela presença de gordura nas paredes dos vasos, o que resulta em uma diminuição do fornecimento de sangue e oxigênio para o músculo cardíaco. A indicação acontece quando não é possível o tratamento por meio do implante de stents (conhecido com angioplastia).
O cirurgião cardiovascular da Hapvida NotreDame Intermédica, José Leitão, explica os benefícios da cirurgia de ponte de safena e como ela ocorre.
“A revascularização consiste em criar novos caminhos para o sangue que irriga o coração por meio da colocação de pontes feitas de enxertos de artérias ou veias. Ao longo dos anos, diversos estudos têm mostrado que esse procedimento é um dos mais efetivos, com excelentes resultados a médio e longo prazo, especialmente, nos pacientes com várias obstruções ou diabéticos, onde a durabilidade do stent é menor”, diz.
Sensação de falta de ar, dores no peito, fadiga, suor frio, náuseas, inchaço nos pés e até desmaio são alguns dos principais sintomas que o paciente diagnosticado com doença aterosclerótica coronariana (DAC) também pode apresentar. “É importante contar com uma equipe multidisciplinar para discutir a melhor conduta médica e o melhor tratamento de acordo com as condições gerais de saúde de cada indivíduo”, ressalta.
Com as novas técnicas, como a cirurgia cardíaca minimamente invasiva, encurta-se o tempo de internamento no pós-operatório e beneficiam-se, principalmente, os pacientes mais idosos, hipertensos e diabéticos.
Vida após a cirurgia de ponte de safena
O médico da Hapvida NotreDame Intermédica afirma que, após a cirurgia de revascularização, o indivíduo poderá, progressivamente, ter uma vida normal. “Após a alta hospitalar, estimulamos o paciente a retomar sua vida normal de maneira progressiva, inclusive com a prática de atividades físicas e a manutenção de hábitos de vida saudáveis, o que inclui alimentação rica em frutas, legumes e verduras, redução do estresse e acompanhamento regular de um cardiologista. A assistência médica é importante para controlar fatores de risco e garantir o sucesso do tratamento clínico”, enfatiza.
Assessoria