PC interroga suspeito e trabalha no esclarecimento de crimes no Sertão de Alagoas

PC interroga suspeito e trabalha no esclarecimento de crimes no Sertão de Alagoas
Assessoria

Uma equipe do Centro Integrado de Segurança Pública de Mata Grande (CISP) se deslocou a cidade de Juazeiro, na Bahia, para interrogar um homem, de 25 anos, acusado de matar o filho de um empresário e um suposto pistoleiro em Canapi, no Sertão de Alagoas.

Foragido da justiça alagoana, o suspeito foi preso na noite do dia 10 deste mês por uma guarnição da Polícia Militar (PM/BA), depois de ser encontrado com uma quantidade de cocaína, em Juazeiro – BA. Ele foi levado para a 1ª Delegacia Territorial, situada na cidade baiana, onde foi levantado que havia em desfavor dele dois mandados de prisão preventiva, expedidos pela Comarca de Mata Grande, em Alagoas.

O chefe de operações do CISP, Jaeudson Ferreira (Jajá), disse que o preso nega todos os crimes atribuídos a ele, alegando que estava viajando no dia em que ocorreram. “Mas, a versão dele é contraditória; algumas datas não conferem com o álibi apresentado por ele”, disse o agente policial, destacando que apesar de negar os assassinatos, o acusado entregou nomes de quem possivelmente os praticou.

O homem preso tem um mandado de prisão cumprido pelo latrocínio (roubo seguido de morte) praticado contra Irãmar Araújo da Silva, 29, no dia 11 de dezembro de 2019, no Sítio Caititu, em Canapi. Conforme a investigação da época, a vítima conduzia um caminhão boiadeiro durante a madrugada, por volta das 2h, quando foi rendido por um grupo armado.

Ainda de acordo com o que foi investigado pela polícia, o rapaz foi obrigado a descer e seguir até a traseira do veículo de carga, onde foi morto com dois tiros na cabeça. O grupo criminoso fugiu levando um aparelho de telefone celular e a carteira dele, que era filho de um empresário do ramo de madeira do município.

Acusado de ser um dos participantes do crime, o homem preso na Bahia negou a autoria e acusou outros dois homens. Segundo ele, os dois organizaram o assalto contra Irãmar, e o mataram porque teriam sido reconhecidos por ele.

Quatro pessoas foram indiciadas pelo latrocínio. Todos tiveram as prisões decretadas pela Justiça, mas dois deles tiveram as prisões revogadas pelo judiciário e foram submetidos a medidas cautelares.

No dia 2 de fevereiro de 2020, quase dois meses após o assassinato de Irãmar, o irmão mais novo do homem preso na Bahia, suspeito de participar do crime, sofreu um atentado. Ele estava junto com o pai, José Jorge Soares da Cruz, 60, quando o passageiro de uma moto chegou ao local atirando na direção dele. Durante a investida, o idoso foi atingido com um dos tiros, foi socorrido, mas morreu no hospital para onde foi levado. O filho dele, que era o alvo, conseguiu escapar.

Após esse crime, um dos suspeitos foi morto a tiros no dia 3 de julho de 2020, no Sítio Olho D’água, zona rural de Canapi. O homem preso na Bahia foi acusado pela polícia por esse homicídio, pois teria se vingado pela morte do pai. No dia 22 de julho de 2021 a Justiça determinou a prisão dele por homicídio qualificado. O acusado também negou ter cometido esse assassinato.

A Polícia Civil (PC/AL) suspeita ainda de que ele tenha participação em pelo menos outros dois homicídios, ocorridos em Mata Grande. Um deles teve como vítima o ex-vereador de Canapi Antônio Soares Brandão, mais conhecido como “Tonho Prefeitinho”, 54, morto a tiros na manhã do dia 17 de dezembro de 2019, no Sítio Riacho Verde.

Por volta das 6h30, “Tonho Prefeitinho” estava pedalando uma bicicleta a margem da BR-316, quando foi alvejado com vários tiros, efetuados por outro homem. Ele morreu na hora depois de ser atingido na cabeça e no tórax. O político morava em Canapi, onde tinha uma loja de materiais de informática.

O suspeito também negou participação, dizendo que não sabe quem o praticou. “Ele está se defendendo, mas os indícios contra ele são fortes”, acrescentou o chefe de operações Jaeudson Ferreira.

O suspeito preso na Bahia é primo de José Luciano Rodrigues Gomes, conhecido como “Neném Limão”, 39, apontado como traficante e assaltante de bancos, encontrado morto no dia 30 de setembro de 2015, em uma fazenda, no Sítio Castanho, em Canapi.

A equipe policial foi enviada Juazeiro-BA pelo delegado Daniel Mayer, responsável pela 30ª Delegacia de Polícia de Canapi (DP), com apoio do delegado regional Rodrigo Rocha Cavancalti, titular da 1ª Delegacia Regional de Polícia de Delmiro Gouveia (DRP), e também tentar localizar o único foragido pelo assassinato de Irãmar, que é irmão do homem preso no interior baiano.

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