Pânico: Polícia descarta que ataques tenham sido com seringas
Desde o mês de fevereiro deste ano, uma notícia tem assombrado os moradores de Arapiraca e região: Várias pessoas deram entrada no Hospital de Emergência do Agreste alegando terem sido furadas com seringas por desconhecidos na rua. Pelo menos quatro vítimas foram atendidas com a mesma queixa, e enviadas a Maceió para realizar exames e tratamentos preventivos. Até um suspeito foi inventado para os ataques através dos boatos e da disseminação do pânico nas redes sociais.
A investigação foi feita pela Delegacia da Defesa da Mulher e contou com o apoio de agentes da Delegacia de Menores de Arapiraca, que tem a frente à delegada Rosimere Gomes. Após repercussão, uma mulher identificada como Jeciane Souza da Silva, de 22 anos, foi apontada como autora dos crimes, sendo reconhecida pela maioria das vítimas.
Para a surpresa geral, a autora afirma que nunca usou seringas para furar as vítimas: segundo ela, eram usados apenas espinhos de uma planta. Jeciane justificou que usava seus filhos para pedirem dinheiro na rua, e que quando as pessoas não contribuíam, ela as furava “por brincadeira”. Ao que tudo indica, de acordo com os depoimentos das vítimas, Jeciane também pedia para as crianças furarem as pessoas nas ocasiões.
Falando em nome da Delegacia, o agente Raimundo, responsável pelos trabalhos operacionais, falou sobre a investigação e elucidação do caso que estava deixando a população em pânico:
“A parte mais complicada nessa investigação foi justamente a questão do pânico que gerou em algumas pessoas, pois vítimas afirmaram que foram atingidas por agulhas, mas quando uma agulha atinge alguém, tem que sangrar. Foi daí que diante da dúvida enviamos essas pessoas para exames e finalmente chegamos à suspeita, após a investigação. Não dá para entender como alguém faz isso dizendo que era uma brincadeira e faz isso utilizando crianças. Acredito que após os levantamentos, o caso está sim elucidado, e agora pedimos a população que tenha calma e caso ocorra algo parecido, que nos procure, para sabermos de fato o que está acontecendo. No caso relatado por essas vítimas aqui, podemos dizer que fizemos a nossa parte”, disse.
7segundos