Outubro Rosa: câncer de mama cresce entre mulheres jovens

Outubro Rosa: câncer de mama cresce entre mulheres jovens
Assessoria

Outubro é o mês dedicado à conscientização, prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Em 2022, estima-se que ocorrerão 66.280 novos casos da doença, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Mais do que nunca, a campanha é importante em um momento que o Brasil assiste uma diminuição no número de exames preventivos ligados à patologia.

Em Maceió, a pesquisa Vigitel Brasil – Prevenção do Câncer Feminino (2020/2021) aponta que houve uma queda de 9% no número de mulheres que afirmam já ter realizado a mamografia em algum momento da vida. A ginecologista do Hapvida NotreDame Intermédica, Dra. Cláudia Pinto, afirma que o recomendável é que o rastreamento inicie a partir dos 40 anos, mas alerta: é preciso ficar atento aos sinais da doença, que tem crescido em pacientes com menos de 35 anos.

Câncer de mama cresce entre mulheres jovens

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, a incidência do câncer de mama em mulheres jovens e com menos de 35 anos mais que dobrou no Brasil nos últimos anos. Historicamente, esse percentual representava cerca de 2% dos casos, mas, atualmente, está entre 4% e 5% dos casos nessa faixa etária.

“O sintoma mais comum é o aparecimento de nódulo indolor, duro e irregular nos seios. Outros sinais incluem edema cutâneo semelhante à casca de laranja, descamação ou ulceração do mamilo, e secreção papilar, que pode ser rosada ou avermelhada. Lembrando que é mais difícil o diagnóstico nas mulheres mais jovens, por causa da influência hormonal e da densidade das mamas”, explica a médica.

A especialista afirma que o câncer de mama na mulher jovem costuma ser mais agressivo, tem taxa de crescimento maior e mais risco de metástase, que é quando as células cancerosas se separam do tumor principal e vão para outras partes do corpo.

Causa da doença é multifatorial

Dra. Cláudia Pinto ressalta que, para a maioria dos casos, a causa da doença é multifatorial: predisposição genética, sedentarismo, obesidade, exposição a hormônios e consumo de álcool comumente podem estar atribuídas à patologia.

“Também não podemos esquecer da mudança no estilo de vida feminino. Antigamente as mulheres menstruavam mais tarde, amamentavam por mais tempo e entravam mais cedo na menopausa. A mama passava menos tempo sob o estímulo dos hormônios ovarianos. Além disso, hoje em dia, a mulher está muito mais suscetível ao estresse, depressão e ansiedade, fatores que enfraquecem as defesas do organismo, baixam a imunidade e naturalmente predispõem ao câncer”.

A ginecologista complementa ao afirmar que a melhor forma de se proteger e diminuir a mortalidade é o diagnóstico precoce.

“A mulher com qualquer alteração nas mamas deve procurar um médico. É preciso atenção para mudanças na pele ou no tamanho dos seios e na aparência dos mamilos, bem como relatar ocasionais sangramentos. A cura depende muito do estágio do tumor, por isso é fundamental descobri-lo no início e realizar todos os exames preventivos”, conclui.

Assessoria

4 Cantos Alagoas

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies e solicita seus dados pessoais para melhorar sua experiência de navegação.