Investimento imobiliário gera expectativa por aumento do fluxo de consumidores no Comércio
O desenvolvimento de novas tecnologias nos últimos anos nos colocou, de certa forma, a uma distância de um clique de praticamente tudo. No entanto, contar com essa facilidade e ainda ter a praticidade de morar próximo a lojas, supermercados e mais uma diversidade de serviços é, para muitos, o melhor dos mundos. Em Maceió, que tem sido palco de grandes investimentos imobiliários nos arredores de seus shoppings, já há uma série de oportunidades nesse sentido.
Com dois lançamentos, que, juntos, contabilizam mais de trezentas novas moradias nas imediações do Parque Gonçalves Lêdo, o Centro da capital alagoana, por sua vez, está prestes a receber novos residentes, em período que coincide com o investimento municipal de requalificação do bairro, obra avaliada em R$ 4,4 milhões, que contempla a recuperação do espaço público, a regularização de calçadas, a substituição de pisos, a implantação de faixas de acessibilidade e a preservação do patrimônio arquitetônico.
Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Gilton Lima, o Comércio só tem a ganhar com a soma dessas iniciativas. “O desenvolvimento do Centro é importante para empresários, comerciários e sociedade em geral. É muito gratificante ver o investimento imobiliário na região e perceber a prefeitura concedendo uma maior atenção para uma área que é tão importante para todo o estado”, ressaltou.
De acordo com o assessor econômico da Fecomércio AL, Victor Hortencio, a base de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que, em se tratando de Brasil e da região Nordeste, há uma média de três a quatro pessoas por domicílio. “Pode se estimar, portanto, que o investimento em núcleos habitacionais no Centro de Maceió, com a chegada de mais de trezentas famílias, tem potencial para gerar uma movimentação estimada de cerca de mil pessoas no Calçadão. E esse aumento no fluxo pode desencadear em impacto no consumo, pois pela comodidade e diminuição no tempo de deslocamento, a tendência é que haja um aumento na compra de bens duráveis, alimentação, artigos para o lar, cosméticos, vestuário e outros produtos e serviços em oferta no Comércio”, explicou.
LANÇAMENTOS
Com dois empreendimentos lançados na região, o diretor comercial da Telesil Engenharia, Raimundo Martins, ressaltou que a ideia inicial, com o lançamento, em 2018, do Residencial Parque Gonçalves Lêdo, era disponibilizar uma opção de moradia para o público que trabalha no Centro. E, segundo Martins, com 100% das unidades vendidas mesmo antes da entrega, prevista para outubro, a demanda existente, em sua grande maioria, formada por pessoas que trabalham nas imediações, motivou a construtora a lançar outro empreendimento, o Jardim São Gonçalo Residence, com expectativa de oficializar a assinatura do contrato com a Caixa Econômica Federal nos próximos três meses.
O investimento da construtora se dá em um cenário que conta com 4.960 estabelecimentos e 26.115 trabalhadores com carteira assinada, de acordo com dados publicados em 2020 pela Junta Comercial do Estado de Alagoas (Juceal). E, em se tratando de fluxo de consumidores em potencial, a Aliança Comercial de Maceió estima que circulam pelo Calçadão diariamente algo em torno de 11 mil pessoas.
ATRATIVIDADE DA REGIÃO
A presidente da Aliança Comercial de Maceió, Andreia Geraldo, ressalta que o bairro apresenta o maior número de agências bancárias por metro quadrado em Maceió e conta ainda com escritórios de contabilidade e outros serviços. “Não é apenas um centro de compras, é um ponto de convergência da capital e também do estado, onde a população encontra as maiores lojas de departamento e tem à disposição um mix diverso de produtos e serviços”, observou.
De acordo com a empresária, boa parte dos colaboradores das lojas moram distante do local de trabalho. Para ela, o projeto de requalificação do Centro e o investimento imobiliário na região são iniciativas muito significativas para o Comércio, não só pelo potencial de favorecer a circulação de pessoas no Calçadão, mas também para proporcionar qualidade de vida aos trabalhadores. “A gente comemora muito, pois o Centro vive de fluxo e isso também é importante para as pessoas”, enalteceu.
Assessoria