Fim de ano deve movimentar R$ 44,9 milhões no comércio de Maceió
Após um ano desafiador, as lojas da capital se preparam para as vendas de final de ano e a estimativa é otimista: pesquisa de Intenção de Consumo para o Natal, realizada pelo Instituto Fecomércio AL, aponta que 62,6% dos maceioenses realizarão compras nas festas de fim de ano, movimentando R$ 44,9 milhões com um ticket médio de R$ 360,57.
Comparado a 2019, o percentual de consumidores que irão presentear caiu 4 pontos percentuais (p.p.), mas o gasto com as compras aumentou R$ 87,37. Para o Para o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Felippe Rocha, isso é reflexo da inflação e das altas nos preços, fazendo com que os consumidores desembolsem mais para distribuírem presentes entre parentes e amigos, resultando num aumento de R$ 9 milhões no volume que irá circular na capital (foram R$ 35 milhões no ano passado).
Segundo ele, o aumento sinaliza recuperação da economia e, em conjunto com uma redução das taxas de desemprego (tanto no país, quanto no Estado), deve motivar os empresários a contratarem mais temporários, a investirem mais na diversificação de mercadorias e nos serviços ofertados, estimulando toda uma cadeia econômica já bastante aquecida. “Para o Comércio, este é o melhor período de vendas. Particularmente este ano, é tempo de tentar reduzir o prejuízo de quatro meses parados. Temos fatores positivos que podem ajudar a esse momento ser melhor do que o esperado, como o 13º salário; o auxílio emergencial, mesmo que menor; o saque emergencial do FGTS e a contratação de temporários”, avalia.
O presidente da Fecomércio, Gilton Lima, ressalta que, tradicionalmente, a data é bem aguardada pelo setor, sendo a terceira melhor em vendas e, em meio à pandemia, é uma oportunidade para as empresas melhorarem o faturamento. “Sabemos que haverá um aumento na movimentação nas lojas, mas é preciso lembrar que ainda estamos em meio à pandemia e as regras de saúde coletiva devem ser observadas, tanto pelas empresas, quanto pelos consumidores. É importante que cada um faça sua parte”, observa.
Mais dados
De acordo com a pesquisa do Instituto Fecomércio AL, dos 32,8% dos consumidores que não irão presentear, os principais motivos são cautela (30,48%), endividamento (17,65%), falta de costume em presentear (16,04%), desemprego (11,23%), comemoração de outra maneira (11,23%) e não ter a quem presentear (9,63%), entre outras questões.
Para quem vai gastar, a maioria pretende comprar apenas um presente (30,35%), mas há quem deva comprar dois (27,16%), três (21,73%), quatro (2,24%) e cinco ou mais (18,53%). Os filhos serão os mais presenteados (46,33%), seguidos pelo cônjuge (16,61%), amigos (2,88%) e outros (27,16%). Para 7,03%, a opção será se auto presentear. Em relação aos gastos, 30,35% acreditam que desembolsarão acima de R$ 400; 22,04% investirão entre R$ 251 a R$ 300; 13,10%, entre R$ 201 a R$ 250; e 10,86% entre R$ 51 e R$ 100, entre outros percentuais.
Itens de vestuário estão na preferência de 53,99% dos entrevistados, seguidos de brinquedos (16,93%), perfumes e cosméticos (8,95%), e celulares/smartphone (4,79%), mas a lista também inclui cestas natalinas (3,51%), calçados (2,88%), artigos esportivos (1,28%) e livros (1,60%), entre outras opções.
A forma de pagamento mais utilizada será o cartão de crédito parcelado (70,29%), à vista/dinheiro (21,73), à vista/cartão de débito (6,71%) e cartão de crédito rotativo (0,96%).
O preço foi apontado por 53,50% dos consumidores como o fator que mais atrai na hora de entrar numa loja. Também serão considerados como motivos as promoções (12,10%), a praticidade (10,19%), o conforto (7,64%), a variedade (3,82%), e a qualidade dos produtos (2,87%).
Ainda segundo a pesquisa do Instituto Fecomércio, 64% dos entrevistados receberão o 13º salário. Destes, 32,5% pagarão contas em atraso; 21,88% utilizarão para pagar despesas do início do ano, a exemplo de matrícula e material escolar e IPTU; 15,63% usarão para o pagamento para as compras de Natal; 10% para pagar férias e viagens e 9,38% irão poupar.
Assessoria