Envelhecimento ativo: atenção com a saúde mental do idoso precisa ser redobrada
A importância do cuidado com a saúde mental nunca esteve tão em evidência e a pandemia da covid-19 intensificou a busca por tratamento em consultórios de psicologia e psiquiatria. Quando o assunto é envelhecer bem e de maneira saudável, cuidar das emoções se torna ainda mais importante.
Segundo o Relatório Mundial de Saúde e Envelhecimento, da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com mais de 60 anos no Brasil quase triplicará até 2050 e deve alcançar 30% de toda a população do país até a metade do século.
PERDAS FUNCIONAIS E COMPROMETIMENTO COGNITIVO AFETAM SAÚDE MENTAL DO IDOSO
O psicólogo do Sistema Hapvida, Carol Costa, afirma que a atenção com a saúde mental deve ser redobrada nessa fase da vida. “Esse é um período de maior sensibilidade emocional e gera propensão ao aparecimento de doenças. Além disso, o idoso pode apresentar perdas funcionais e, algumas vezes, comprometimento cognitivo, o que impacta em sua autonomia”, explica.
As limitações típicas da idade contribuem para o aparecimento de transtornos de humor, depressão, ansiedade, demência e bipolaridade. De acordo com Sociedade Americana de Geriatria, 20% da população acima dos 55 anos sofre com algum tipo de problema de saúde mental.
AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA MANIFESTA NOVOS COMPORTAMENTOS
A boa notícia é que, apesar de idoso apresentar um perfil mais recluso, a terceira idade, ou “melhor idade” contemporânea tem manifestado novos comportamentos que podem contribuir para um envelhecimento mais ativo.
“Hoje em dia o idoso é bem mais assistido e o aumento da expectativa de vida do brasileiro coopera para isso. O próprio tempo acaba preparando a pessoa para essa nova fase, em que ela dá mais valor ao descanso e as prioridades são outras”, destaca o psicólogo.
QUANDO PROCURAR AJUDA
O psicólogo do Sistema Hapvida, Carol Costa, lista alguns sinais de que algo não está bem e é necessário procurar ajuda: alterações repentinas de humor, problemas para dormir, solidão, negligência com a higiene pessoal e tristeza profunda são alguns.
Carol Costa também diz ser essencial que o idoso tenha contato diário com pessoas queridas e se mantenha ativo sempre. “Saúde mental é a capacidade que você tem de interagir com seus problemas e com a sua própria felicidade. Desafios sempre vão existir, mas a maneira como você lida com eles é o mais importante”, finaliza.
Assessoria