Economia aquecida: 13º salário deve injetar mais de R$ 1 bilhão em Alagoas
O final de ano é sempre aguardado com expectativa pelo comércio de Bens,
Serviços e Turismo. Independentemente do segmento, é um período aquecido por
vendas impulsionadas pelo pagamento do 13º salário que, este ano, deve fazer circular
aproximadamente R$ 1,08 bilhão em Alagoas, segundo projeção do Instituto
Fecomércio AL. A estimativa tem como base o volume de servidores estaduais ativos e
inativos, servidores federais, e a média dos rendimentos dos trabalhadores formais.
E esse volume circulando pode ser ainda maior, uma vez que a projeção do
Instituto não insere o montante que será pago aos servidores dos municípios
alagoanos. Para de ter uma ideia, só em Maceió são 18 mil servidores ativos, inativos e
pensionistas da Prefeitura, os quais devem receber cerca de R$ 116 milhões relativos
ao 13º salário. Além disso, ainda existem os rendimentos gerados pelos trabalhadores
informais em todo o Estado.
“Essa injeção de liquidez, sem dúvida, irá potencializar o poder de compra dos
trabalhadores alagoanos para gastos com lazer, festas e confraternizações, pagamento
de dívidas e poupança para as compras de início de ano, como matrículas e materiais
escolares”, avalia Victor Hortencio, assessor econômico da Federação do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas. Além disso, a tradição de romper o ano
com roupa nova ou a precaução de separar dinheiro para os impostos ou reforma de
imóveis são outros gastos esperados para o salário adicional.
Para Gilton Lima, presidente da Fecomércio, “é um cenário que traz uma
expectativa otimista para os comerciantes de todos os segmentos econômicos do
Estado, como alimentação, hotelaria, eventos, vestuário, lazer e outros”.
Somatório
De acordo com as informações do Portal da Transparência de Alagoas e da
Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz AL), o 13º salário deve injetar cerca de R$ 350
milhões no Estado entre os 34 mil servidores inativos, sejam aposentados ou
pensionistas, e os 39 mil servidores ativos.
Já na esfera federal, são 14 mil servidores alocados no estado de Alagoas, entre
ativos (8.083), inativos (4.454) e pensionistas (2.015), segundo o Painel Estatístico de
Pessoal, o que deve movimentar mais R$ 128 milhões na economia do Estado.
Na iniciativa privada, segundo o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (CAGED), são 373.753 trabalhadores formais celetistas. “Porém,
diferentemente dos dados públicos, no qual existem planilhas com a remuneração de
cada servidor, nos permitindo, com precisão, estimar a injeção do 13º salário, com os
trabalhadores formais celetistas é mais difícil trabalhar com a mesma exatidão devido
à falta desse tipo controle”, explica o economista. Por isso, o cálculo é feito com base
na renda média habitual do trabalho divulgada pela Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (PNAD), a qual apontou que, no segundo trimestre de 2021, a
renda média ficou em R$ 1.615,00. Assim, é possível estimar que, em média, o 13º
salário injete, ao menos, R$ 603 milhões entre os trabalhadores celetistas.
Tabela 1 – Resumo da quantidade de trabalhadores por esfera de vínculo formal
Fonte Esfera Ativo Inativo Pensão Total Despesa
Painel Estatístico de Pessoal Federal
8.083
4.454
2.015
14.552 R$ 128.486.331,38
Portal da Transparência AL Estadual
39.202
34.349 –
73.551 R$ 350.000.000,00
CAGED/PNADc (IBGE) Privado
373.753 R$ 603.611.095,00
Total Movimentado R$ 1.082.097.426,38
Tabela 2 – Resumo da Quantidade de servidores da Prefeitura de Maceió
Fonte Esfera Ativo Inativo Pensão Total Despesa
Portal da Transparência Maceió Municipal 12270 4795 1499
18.564 R$ 116.522.342,29
Tabela 3 – SOMATÓRIO GERAL (valores das duas tabelas)
Fonte Esfera Despesa
Painel Estatístico de Pessoal Federal R$ 128.486.331,38
Portal da Transparência AL Estadual R$ 350.000.000,00
Portal da Transparência Maceió Municipal R$ 116.522.342,29
CAGED/PNADc (IBGE) Privado R$ 603.611.095,00
TOTAL R$ 1.198.619.768,67
Assessoria