Doenças pneumocócicas matam mais de 70 mil idosos por ano no Brasil
As doenças pneumocócicas são causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae e, de uma maneira geral, costumam ser prevalentes na população, pois muitas pessoas saudáveis carregam o microrganismo nas mucosas do nariz e da garganta. No entanto, é preciso ficar atento às complicações que essas patologias podem gerar.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,6 milhão de pessoas morrem por ano por causa das doenças pneumocócicas. No Brasil, as estatísticas revelam que elas são responsáveis por 272 mil internações e mais de 70 mil mortes por ano de pessoas com mais de 60 anos, segundo dados do Ministério da Saúde.
O otorrinolaringologista do Sistema Hapvida Maceió, Dr. Gleydson Lima, chama atenção para a importância do diagnóstico precoce dessas patologias que, se não tratadas corretamente, podem levar à morte em um curto espaço de tempo.
Conheça os principais tipos de doenças pneumocócicas
Pneumonia, meningite, sinusite e otite são algumas das mais conhecidas doenças pneumocócicas. O médico explica que durante o inverno e o início da primavera a contaminação aumenta, sendo o contato de pessoa para pessoa, por meio da inalação de gotículas infectadas, o principal meio de transmissão.
“A doença se desenvolve quando o microrganismo se multiplica no corpo e ocorre, geralmente, por incapacidade do sistema imunológico de combater o invasor”, comenta o especialista. Quando uma pessoa é infectada, os sintomas tendem a ser variáveis e dependem do órgão afetado.
“A pneumonia causa febre, calafrios, faltar de ar, tosse e uma sensação geral de mal-estar, assim como a meningite, que, além desses sintomas, também provoca rigidez no pescoço. A otite, por sua vez, além da dor de ouvido, resulta em tímpanos vermelhos e abaulados, perda da audição e desequilíbrio. Já a sinusite gera secreção de pus no nariz, obstrução nasal e dor nos ossos da face”, afirma o otorrino.
Importância da vacinação e hábitos saudáveis de vida
Atualmente, a vacina pneumocócica é a principal forma de prevenção contra as doenças pneumocócicas, que também podem gerar consequências graves à saúde de crianças e pessoas com doenças crônicas. Por isso, o imunizante é indicado, principalmente, para os pequenos com mais de dois meses, além de idosos acima dos 65 anos de idade.
“Também é fundamental que as pessoas mantenham hábitos saudáveis, boa higiene, boa alimentação e uma rotina de exercícios físicos, além de não descuidar de doenças existentes, como cardiopatias, diabetes, hipertensão e qualquer enfermidade que afete o sistema imunológico”, conclui.
Assessoria