Dias das Mães deve movimentar R$ 29 milhões na economia da capital
Com a flexibilização do decreto que coloca Alagoas na Fase Vermelha, a reabertura do comércio aos finais de semana coincide com a proximidade do Dia das Mães, segunda melhor data de vendas para o Comércio. Pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio AL aponta que 67,4% dos maceioenses pretendem presentear às mães no segundo domingo de maio, dia 9, movimentando cerca de R$ 29 milhões entre as compras dos mimos e os gastos com as comemorações.
Como a pesquisa não pôde ser realizada em 2020, pois coincidiu com o período em que o comércio não essencial estava com as atividades paralisadas, comparando-se ao levantamento de 2019, o percentual de intenção de compras está apenas 3.6 pontos percentuais (p.p.) abaixo dos 71% registrado. Porém, o volume injetado na economia circulou em torno de R$ 37 milhões naquele ano, o que comparado à estimativa para este ano de 2021, representa uma queda de R$ 8 milhões.
O assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Victor Hortencio, explica que a queda foi puxada pela redução no tíquete médio estimado para as comemorações, que neste ano ficou em R$ 70,50 (em 2019 foi de R$ 129). “Isto é reflexo deste momento de pandemia em que vivemos, pois paralelamente às condições financeiras, as pessoas estão atentas ao distanciamento social e irão evitar aglomerações, celebrando a data em suas casas ou na casa dos pais”, destaca ao lembrar que o levantamento demonstra que 87% dos entrevistados ficarão em suas casas (51,9%), nas casas de seus pais (22,6%) ou em casas de parentes (12,5%).
Pesquisa
A pesquisa do Instituto Fecomércio AL aponta que os perfumes e cosméticos serão os produtos mais procurados, com 28,7% da preferência, seguidos de itens de vestuário (17,9%) e calçados (16,1%). A lista também inclui bolsas e acessórios (9,4%), joias e bijuterias (7,3%), cesta de café da manhã (3,2%), livros (1,2%) e flores (1,2%), entre outros.
Sobre o local das compras, 73,3% dos consumidores devem ir aos shoppings; 9,8% optarão por lojas de rua/bairro/galeria; e 4,5% comprarão no Centro de Maceió, enquanto as compras on-line responderão por 5%. Os preços (37,8%) e as promoções (17,6%) representam o maior atrativo para os consumidores na hora das compras, mas fatores como qualidade (10%), variedade (9,4%) e praticidade (8,5%) também interferem na escolha.
Na aquisição dos presentes, a maioria (41,2%) pretende gastar entre R$ 51 e R$ 100, enquanto 13,4% vão desembolsar entre R$ 101 a R$ 150; 13,1% até R$ 50; 8,3% entre R$ 151 e R$ 200; e 8% entre R$ 201 a R$ 250. Quanto à quantidade de mimos, 71,6% comprarão apenas um presente; 23,4% adquirirão dois; e 2% investirão em três, mas há quem irá comprar acima de cinco itens (0,9%). Com isso, o tíquete médio estimado é de R$ 149,75, devendo injetar R$ 19.843.782,62 na economia da capital só em compras de presentes.
E se nos anos anteriores pagamento à vista e em dinheiro tinha a preferência dos consumidores, este ano caiu para segundo lugar, sendo a opção para 24%, já que 50,1% afirmaram que pagarão parceladamente via cartão de crédito. As compras à vista via cartão de débito responderão por 22,6% das transações, enquanto 3,3 irão recorrer ao cartão de crédito rotativo.
Já o gasto com as comemorações está estimado em R$ 9.345.122,39, com tíquete médio de R$ 70,50. Embora 70% dos entrevistados tenham dito que pretendem celebrar a data, a maioria (87%) buscará ambientes domésticos, como já dito. Quanto aos gastos com essas celebrações, 46,6% pretendem desembolsar entre R$ 51 e R$ 100; 38,3% até R$ 50; 10,3% entre R$ 101 e R$150 e 3,1% entre R$ 151 e R$ 200.
Com o retorno do Auxílio Emergencial, a pesquisa quis saber se parte do benefício será utilizado na compra de itens para a mãe: 44% afirmaram que não, enquanto 10% sinalizaram positivamente 46% dos entrevistados disseram não ser beneficiados pelo programa.
Em relação aos 31,2% que afirmaram que não irão presentear no Dia das Mães, 27% não o farão por não terem a quem entregar; 16% estão mais cautelosos; 14% estão desempregados; 11% enfrentam dívidas; 10% estão mais cautelosos por conta da pandemia, mesmo percentual dos consumidores que disseram comemorar a data de outra forma. A falta de costume (9%) e a redução do horário do comércio (2%) foram outras causas apontadas.
Assessoria