Dependência e codependência dentro das relações afetivas

Dependência e codependência dentro das relações afetivas
Daniela Hernandez de Barros, Psicóloga e Jornalista

Quando pensamos em relacionamento (seja ele de qualquer esfera) qual a primeira coisa que vem à sua mente? Geralmente pensamos em algo que seja construído de forma saudável para as partes envolvidas, repleto de bom senso e de outras características comuns que fazem parte do bom convívio social.

E quando atrelado a tudo isso um ingrediente (não muito saboroso) vem de bônus – a dependência emocional, como reagir? 

Antes de qualquer coisa precisamos entender que dependência emocional aparece quando o indivíduo projeta no outro os anseios e idealizações que estão mal resolvidos consigo mesmo e com isso é atrelado uma série de outros sentimentos como a insegurança, angustia, ciúmes que ele acaba trazendo para dentro do relacionamento.

O que era para ser algo leve acaba se tornando um apego excessivo, quase como um vício que tem como objetivo a procura de aprovação e atenção da outra parte envolvida a todo custo, mesmo que o preço a se pagar seja a auto negligência.

E toda essa situação pode ter tido um inicio na fase infantil, aonde, por alguma razão, essa pessoa possa ter tido o seu afeto e cuidado deixado em segundo plano por um ente familiar e a sensação de insegurança foi algo que ele levou consigo até a fase adulta e dentro dos novos relacionamentos que serão construídos, ela despejará toda a sua frustração de algo que não foi bem definido por outrora, levando assim o intuito inconsciente, de recuperar o afeto incondicional que não foi resolvido na sua infância, segundo a visão Psicanalítica.

E o que seria a codependência? São pessoas fortemente ligadas emocionalmente a indivíduos que possuem dependência (seja ela física ou psicológica). Elas deixam o comportamento da pessoa dependente afetar de forma direta a si mesma e são obsecadas em controlar o comportamento dessa outra pessoa. 

O codependente emocional não consegue estabelecer um vínculo saudável com o outro, e por essa razão ele se aproveita das situações onde o outro precisa de algum tipo de ajuda, para colocar-se no papel de quem vai resolver todos os seus problemas, de quem vai está sempre ao seu lado. 

Portanto, tanto ele recebe o sofrimento quanto ele também promove o sofrimento, justamente por não deixar o relacionamento rmais leve e ter sempre dificuldade em deixar o outro livre. 

Dentro desse cenário caótico quais seriam os tratamentos indicados?

  • Psicoterapia, para ambos poderem perceber as suas dificuldades emocionais, trabalhando assim o fortalecimento da sua autoestima, das suas capacidades e potencialidades;
  • Psiquiatra, caso seja necessário à administração de algum ansiolítico para auxiliar no melhor tratamento juntamente com o psicólogo;
  • Atividade física, já é de conhecimento do público em geral que os exercícios físicos liberam endorfina (que inibe a irritação e o estresse, contribuindo para a sensação de satisfação e de bem estar).

“Eu o amo porque quero, porque o escolhi e gosto de estar ao seu lado; não porque você é indispensável para a minha felicidade”. Walter Riso

Daniela Hernandez de Barros é Psicóloga (CRP 15/3726) e Jornalista (MTB 2027/AL). Formada pelo Centro Universitário CESMAC; Especialista em Urgência, Emergência e Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pela UNIT; Capacitação em Psicologia Jurídica e Processos Psicológicos Criminais, Capacitação em Avaliação Psicológica, Capacitação em Psicologia Breve.

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