Consumo das Famílias de Maceió recua 3,27% em março
A capital alagoana registrou queda no consumo, conforme sinaliza a pesquisa
do Índice de Consumo das Famílias (ICF) realizada pelo Instituto Fecomércio AL, em
parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Na análise mensal, a redução foi de 3,27% quando comparada a fevereiro. Já na
relação anual, o consumo aumentou 31,44%. Foi o segundo mês consecutivo de
quedas.
O assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Felippe Rocha, diz que é possível perceber que
há recuperação das vendas dos setores de Comércio, apesar da redução do indicador,
pois esta redução é até esperada no período. “As festividades do carnaval não tiveram
impacto nas vendas, pois forma-se um cenário de esvaziamento da cidade. Além disso,
a falta de promoções no mês desestimulou o consumo dos indivíduos”, explica.
A queda do consumo foi puxada pelos indivíduos que recebem menos de 10
Salários Mínimos (S.M.), que caiu 3,68% ante fevereiro. Aqueles que recebem mais de
10 S.M. aumentaram o consumo em 1% no período. “O que demonstra a aquisição de
pacotes de viagens em Maceió, o consumo de bebidas e alimentos, foi maior para as
classes A e B”, observa Felippe.
Em relação à situação no emprego atual, houve aumento de 4,5% na sensação
de manutenção no emprego o que, por consequência, dá segurança para aquisição de
mercadorias. Também houve aumento na sensação de que irá conseguir um novo
emprego, conquistar um outro melhor ou ascender na empresa que trabalha,
registrando 10,7% em março.
O levantamento também demonstra que os consumidores sentem que o poder
de compra de sua renda atual está 4,9% maior quando comparada ao mesmo período
do ano passado. “Percebe-se então que se todas essas três variáveis apresentaram
indicadores positivos, permitindo maior consumo, a redução é devida apenas pela falta
de estímulo do mercado, permitindo aos consumidores pouparem, esperando outros períodos”, avalia Felippe.
As compras a prazo tiveram redução de 6,8% e o nível de consumo atual caiu
cerca de 8,9%. Houve queda também na perspectiva de consumo (7,3%) e no consumo
de bens duráveis (26,9%).
Relatório completo disponibilizado no site do Instituto Fecomércio.
Assessoria