Bienal: alunos de escolas públicas encenam mediação de conflitos

Bienal: alunos de escolas públicas encenam mediação de conflitos

Estudantes fizeram encenação de mediação de conflito. Foto: Caio Loureiro

Alunos do 9º ano das escolas Municipal Padre Pinho e Estadual Anaías de Lima fizeram, na manhã desta quinta-feira (7), apresentações dos conhecimentos adquiridos durante o projeto Costrutor da Paz, promovido pelo Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE), da Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal). As apresentações foram feitas durante a 9ª Bienal Internacional do Livro em Alagoas.

Com a temática “cultura de paz”, os estudantes do 9º ano da Escola Padre Pinho encenaram uma mediação de conflitos, na qual após uma briga, outro colega de escola veio para promover a conciliação. Após a cena, os alunos se juntaram no palco localizado na Praça Dois Leões para cantar uma música paródia sobre o assunto.

Já a turma da Escola Estadual Anaías de Lima expôs cartazes com frases de pensadores durante uma apresentação ao som de Imagine, música do cantor John Lennon.

A pedagoga do PCJE Luzia Rodrigues explica que o projeto surgiu pela necessidade de trabalhar não só com os profissionais, mas também com a conscientização dos alunos. Segundo ela, os alunos já estão colocando em prática os que aprenderam durante as palestras.

“Os meninos que estão nesse projeto já têm outro comportamento, a gente percebe. Tanto é que um disse ‘professora, eu tentei correr atrás de um menino que tava discutindo e brigando, mas quando eu cheguei até ele, eu não consegui, só acalmei’. Então eles já estão aprendendo que através do diálogo, do respeito, melhora”, salienta.

Durante o ano, o projeto Construtores da Paz trabalhou temas como a promoção da paz e valores humanos com alunos de quatro escolas. Foram feitas palestras e trabalhos com os estudantes, que criaram peças de teatro, frases, reflexões, redações e músicas que tratavam sobre a cultura de paz.

A escritora Maristela Pozitano, que também palestrou com os jovens durante o projeto, observa que o trabalho feito despertou a reflexão e aprofundou o conhecimento dos alunos, que começaram a colocar em prática o que era discutido em sala de aula.

“O interessante é que suscitou neles pensarem na paz, porque quando a gente começa a ir pra escola e falar sobre a paz, eles percebem que a cultura, a leitura, tudo isso traz uma profundidade pra eles de conhecimento”, disse Maristela.

Para a professora de Língua Portuguesa da Escola Padre Pinho, Sueli Nunes Leite, o trabalho com os alunos foi fundamental para uma convivência mais pacífica na escola e fora dela. “Esse projeto trabalhou muito bem a noção de cidadania e a necessidade de que o mundo precisa de paz. Os conflitos acontecem e os alunos aos poucos eles estão com essa visão de que pra resolver um conflito precisa do diálogo”.

O estudante Carlos Afonso, do 9º ano, disse que participar do projeto foi importante, e que além de descobrir e aprender muito, os alunos começaram a interagir mais. “Foi muito legal, descobrimos muitas coisas, interagimos muito mais com os outros”.

Assessoria

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