Imprensa Oficial lança 5 livros vencedores do Edital Para Publicação de Obras Não Inéditas
A Imprensa Oficial Graciliano Ramos lança, na quinta-feira (12), cinco novos livros selecionados pelo Edital Para Publicação de Obras Não Inéditas. O lançamento dos títulos ocorre no Arquivo Público do Estado de Alagoas, às 19h, durante a realização do projeto Alagoanidade. O evento gratuito e aberto ao público também celebrará os 10 anos da revista Graciliano e contará com apresentação musical de Chau do Pife.
Na ocasião ainda serão lançados mais cinco livros da Coleção Bicentenário, fruto de parceria entre a Imprensa Oficial e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal). A obra resgata pesquisas de temas variados, que contribuem com o conhecimento e o patrimônio cultural dos 200 anos do Estado.
Durante o lançamento, também haverá palestra sobre o Panorama da Produção Literária Contemporânea em Alagoas, proferida pelo escritor e professor de Literatura Nilton Resende, coquetel e sessão de autógrafos com os autores.
Edital Para Publicação de Obras Não Inéditas
Poesia, conto, romance e ensaio são os gêneros literários que figuram entre as obras vencedoras do Edital Para Publicação de Obras Não Inéditas, que contemplou títulos que já haviam sido publicados por outras editoras e, agora, retornam ao mercado editorial em uma nova edição. Os contemplados foram Doce de mamão macho, de Benedito Ramos; Dentro da casca, de Jeová Santana; Fantasmas não andam de montanha de russa, de Adalberto Souza; O orvalho e os dias, de Nilton Resende; e Manifesto Sururu: por uma antropofagia das coisas alagoanas, de Edson Bezerra.
“Esses lançamentos reforçam o papel fundamental que a Imprensa Oficial Graciliano Ramos exerce no cenário cultural de Alagoas. Além de promover o resgate de obras que se encontram fora de catálogo, estamos sempre descobrindo novos talentos, a partir dos editais que realizamos todos os anos”, afirma Dagoberto Omena, diretor-presidente da gráfica e editora pública.
O executivo também ressaltou as novidades para a maior festa literária do Estado: “Em novembro, durante a programação da 9ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, anunciaremos a abertura de novos editais que preveem a publicação de parte das obras que integrarão o nosso catálogo a partir de 2020”.
Obras selecionadas
O premiado livro de Nilton Resende, O orvalho e os dias, chega a sua terceira edição, com 50 poesias que podem ser lidas como um conjunto de poemas ou como um poema único que se alonga ao decorrer da leitura. A obra descreve a trajetória da aventura entre um eu lírico e seu desejo. Traz ecos de Adélia Prado, Cecília Meireles, Gerard Hopkins, Hilda Hilst, Jorge de Lima, São João da Cruz e T. S. Eliot.
Já a verve de Adalberto Souza se manifesta em uma obra poética que prima pela maestria linguística em seus versos curtos e certeiros. A segunda edição de Fantasmas não andam de montanha russa traz poemas que fazem o leitor refletir sobre questões existenciais e os “fantasmas” que permeiam os sentimentos, como amor e angústia. Este é o segundo livro publicado por Souza com o selo da Imprensa Oficial Graciliano Ramos. Em 2016, ele lançou o livro de poesias Quando os gatos lunares encontrarem Rodolfo Valentino na cidade dos bonecos solitários.
Dentro da casca, por sua vez, foi a primeira experiência ficcional de Jeová Santana, que também é autor de Solo de Rangidos, publicado pela Graciliano Ramos, em 2016. O título chega a sua segunda edição trazendo uma escrita telegráfica, na qual personagens de diversos estratos sociais e regionais expõem, em 18 contos, seus conflitos de ordem financeira, emotiva e existencial.
Já o romance de Benedito Ramos, Doce de Mamão Macho, ambientado no sertão alagoano, narra a saga de Jesuíno Pereira, seu casamento abruptamente interrompido com Maria Querência e suas idas e vindas a São Paulo. Com humor, criatividade e leveza, o autor aborda temas difíceis, como sexualidade, preconceito, questões de gênero e violência. Ramos é membro da Academia Alagoana de Letras e vencedor do Prêmio Lego, de 2011, quando publicou Água de Chocalho, fruto de uma parceria editorial entre a Imprensa Oficial Graciliano Ramos e a Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal).
Inspirado na Lagoa Mundaú, o ensaio Manifesto Sururu: por uma antropofagia das coisas alagoanas propõe um olhar atento e uma exaltação às questões identitárias alagoanas.O manifesto é uma provocação nascida do batuque dos negros e da mistura da lama. Edson Bezerra evoca toda a ancestralidade escondida e soterrada pela construção da modernidade.
Serviço
Local: Arquivo Público de Alagoas (Rua Sá e Albuquerque, s/n, Jaraguá, Maceió).
Data/Horário: 12/09/19, a partir das 19h.
Entrada Franca.