Destino Jaraguá: A Gênese da Cidade de Maceió é tema de palestra no Museu da Imagem e do Som de Alagoas

Destino Jaraguá: A Gênese da Cidade de Maceió é tema de palestra no Museu da Imagem e do Som de Alagoas

 Alexandre Teixeira / Ascom Secult

O curso de História da Arte do Centro de Belas Artes de Alagoas (Cenarte) recebe, no dia 16 de outubro, a arquiteta e urbanista, doutora Cynthia Fortes, para uma palestra especial no Museu da Imagem e do Som de Alagoas (Misa), no bairro de Jaraguá, em Maceió. O evento, intitulado “Destino Jaraguá: A Gênese da Cidade de Maceió”, acontecerá às 14h e promete lançar luz sobre um capítulo pouco explorado da história da cidade de Maceió.

Cynthia Fortes, que é mestra e doutora pelo Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é uma pesquisadora com vasta experiência em História Urbana e Patrimônio. Seu trabalho tem se dedicado a projetos de restauração e pesquisas sobre a cidade de Maceió e Alagoas, incluindo o Inventário Nacional de Referências Culturais de Alagoas e a vida e obra do arquiteto Luigi Lucarini.

Sua palestra abordará sua publicação mais recente, “Destino Jaraguá: um porto atlântico da América portuguesa e a gênese da cidade de Maceió”, que é resultado de sua tese de doutorado. O livro explora o papel fundamental do porto de Jaraguá na formação do território de Alagoas e na gênese da cidade portuária de Maceió durante os séculos XVI a XVIII.

A pesquisa da Dra. Cynthia Fortes desvenda a complexa história desse porto colonial na América portuguesa, destacando sua importância nas ações de conquista, controle e defesa pensadas para a costa brasileira, especialmente a parte sul da capitania de Pernambuco e depois comarca das Alagoas. Jaraguá manteve ligações administrativas, jurídicas, defensivas e econômicas com a região lagunar, tornando-se um ponto crucial para o comércio de açúcar e madeiras de construção naval das matas alagoanas, que eram escoados para os portos de Pernambuco, Bahia e Lisboa.

O estudo revela as diversas funções exercidas por Jaraguá ao longo dos três séculos do período colonial, desde ser um porto indígena e de contrabando nos séculos XVI e XVII, até se transformar em um porto comercial no século XVIII. Essas funções não apenas transformaram o espaço marítimo do ancoradouro, mas também impulsionaram o desenvolvimento do povoado de Massayó, contribuindo para a gênese da Maceió portuária.

“A palestra promete arremessar luz sobre um aspecto fascinante da história de Maceió e Alagoas, que tem sido subestimado na historiografia, e enriquecer o entendimento da evolução da cidade ao longo dos séculos. Portanto, é um evento imperdível para todos os interessados na história e patrimônio da região”, disse a secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas.

Assessoria

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