Conheça os riscos associados ao uso inadequado de anabolizantes para o bom funcionamento do coração
Quando o desejo é ganhar massa muscular e ter um corpo bem definido, muitos adeptos das atividades físicas recorrem a resultados rápidos que podem ser proporcionados pelo uso inadequado dos anabolizantes, hormônios sintéticos fabricados a partir do hormônio sexual masculino, a testosterona.
Entretanto, o aumento da performance sem acompanhamento médico, apenas para fins estéticos, traz riscos que podem contribuir para o aparecimento de diversas doenças e causar alterações irreversíveis à saúde cardíaca. O alerta é do cirurgião cardiovascular do Hapvida NotreDame Intermédica, Dr. José da Silva Leitão.
Uma das principais complicações é a morte das células musculares do coração, levando a quadros de fibrose cardíaca ou miocárdica. “Essa é uma condição que provoca alterações no funcionamento do órgão, já que faz com que os tecidos cardíacos se endureçam e, em alguns casos, fiquem distendidos. Arritmias, taquicardias e insuficiência cardíaca, que acontece quando o coração tem dificuldade para bombear o sangue para o corpo, também são comuns”, explica.
Outras complicações e tempo de uso
Acne severa, crescimento anormal de pelos no corpo, tremores, elevação dos triglicérides e colesterol ruim (LDL), diabetes, aumento da pressão arterial, impotência sexual e até tumores no fígado e no pâncreas também podem ser desencadeados pelo uso indiscriminado dos anabolizantes.
O médico do Hapvida NotreDame Intermédica alerta, especialmente, ao seu consumo na pré-adolescência, já que o crescimento do indivíduo pode ser interrompido, deixando a pessoa com baixa estatura.
“Pesquisas revelam que a saúde do paciente pode começar a ficar comprometida a partir da quarta semana de uso, mas que ex-usuários da testosterona permanecem com o risco de desenvolver problemas cardíacos mesmo após a interrupção das aplicações dos esteroides”.
“Por isso, para quem pretende iniciar ou já usa anabolizantes, o acompanhamento por um profissional especializado em medicina do esporte é fundamental. Lembrando que essas substâncias podem, ainda, ser indicadas em situações clínicas específicas, como em casos de disfunções hormonais”, finaliza.
Assessoria
