Gessos, cirurgias e órteses: conheça como é realizado o tratamento do Pé Torto Congênito
O Pé Torto Congênito é uma má formação caracterizada pela alteração nos ligamentos, músculos, tendões e ossos do pé, que se desenvolve ainda na gestação. De acordo com dados da Revista Brasileira de Ortopedia (RBO), a deformidade afeta cerca de 1 a cada 1000 bebês no país e é mais comum em meninos do que em meninas.
O ortopedista do Grupo Hapvida Notredame Intermédica, Dr. Rogério Barboza, afirma que o tratamento para o pé torto congênito não pode ser negligenciado, pois a permanência da deformidade é capaz de impedir o uso de sapatos comuns e dificultar o andar da criança, além de ser um problema de saúde pública que provoca problemas sociais e econômicos na vida do pequeno e seus familiares. O especialista também reforça a importância do diagnóstico precoce para essa condição, considerada uma das mais comuns entre as más-formações congênitas.
Causas genéticas e ambientais
As causas do pé torto congênito não são totalmente conhecidas e ainda são bastante discutidas. “Acredita-se que pode estar associado a fatores genéticos, ambientais e posturais. Alguns estudos também atrelam a deformidade a doenças como paralisia cerebral, mielomeningocele, artrogripose e, mais recentemente, a síndrome congênita da infecção pelo vírus zika”, explica o médico.
Dr. Rogério esclarece que a deformidade pode afetar um ou os dois pés e que, quando a criança nasce, o diagnóstico é confirmado através da avaliação da forma e flexibilidade do pé. “O ideal é que o tratamento seja iniciado já nas primeiras semanas de vida”, complementa.
Gessos, cirurgias e órteses
De acordo com o especialista, o tratamento mais eficiente para tratar o pé torto congênito é o método de Ponseti, que consiste na manipulação do pé e na aplicação de gessos semanais na área afetada.
“Após a retirada do último gesso, o pé torto geralmente estará corrigido, sendo indicado o uso de órteses até os quatro anos de idade para manter a posição máxima de abdução do pé e permitir a mobilidade dos joelhos”, ressalta.
“Em casos mais graves, pode ser necessário intervenção cirúrgica e tratamento com fisioterapeuta para o fortalecimento dos músculos da perna da criança e apoio dos pés no chão”, finaliza o ortopedista do Grupo Hapvida Notredame Intermédica.
Assessoria