Campanha Fevereiro Laranja – Mês de combate à Leucemia

Campanha Fevereiro Laranja – Mês de combate à Leucemia
Assessoria

Fevereiro também é mês de conscientização. Através da campanha Fevereiro Laranja, que visa conscientizar as pessoas sobre a leucemia e a importância da doação de medula óssea, tem como objetivo combater a leucemia, um tipo de câncer no sangue, e ajudar na prevenção desta doença que se inicia na medula óssea.

A doação de medula óssea é um ato de solidariedade e amor ao próximo, em prol da restauração da vida do outro. Neste sentido, em 2018, um oficial da Polícia Militar de Alagoas se deslocou até a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, para atender ao chamado do REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) para realizar a doação para um paciente dos Estados Unidos.

O capitão Miguel Vieira foi informado pelo instituto sobre uma nova compatibilidade e prontamente se disponibilizou a realizar os exames solicitados no Hemocentro de Arapiraca (HEMOAR), e no Hospital Rio Grande, local este onde na manhã desta quinta-feira (18) ele realizou a retirada do material para a doação.

Após o procedimento, o militar falou acerca da emoção que sentiu em poder servir a alguém que não conhece e assim contribuir para que o receptor tenha uma nova vida.

“Para mim como policial, cuja missão é proteger, ajudar as pessoas já está no meu dia a dia, e saber que pude salvar uma vida, mesmo sem conhecê-la, foi gratificante. Em nenhum momento tive medo ou pensei em desistir, pois sabia que havia uma confirmação da existência de Deus ali, pois, diante de tantas pessoas neste mundo, Ele me proporcionou a oportunidade de novamente tentar ajudar uma vida”, disse emocionado o oficial – que no início do ano já teria tentado ajudar uma pessoa, porém não houve total compatibilidade.

O capitão Miguel, que se cadastrou inicialmente em Pão de Açúcar, numa campanha para ajudar uma criança de sua cidade natal, ressaltou ainda que tem muita fé e acredita que o ser humano, independente de sua profissão, quando é chamado a ajudar jamais poderá virar as costas, principalmente se tratando de uma doença tão devastadora, como é o câncer.

”De alguma forma fui usado para ajudar alguém, mesmo sem conhecê-la espero que daqui pra frente essa pessoa possa ter a saúde e vida reestruturadas. Atento para que as pessoas não esperem que alguém de sua família ou amigo precise de transplante para saber se é compatível ou não, tem muitas vidas que podem ser salvas por meio da doação”, concluiu o oficial.

A logística da medula óssea é diferente da doação de sangue, ou seja, para dar certo para alguém é uma em 100 mil. Foi o caso do militar alagoano, que foi compatível com um receptor das células tronco de fora do Brasil.

Cadastro

Para se cadastrar como doador de medula óssea em Maceió, o voluntário deve comparecer ao Hemoal Trapiche, que funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, além dos sábados, das 8h às 17h. Também pode se dirigir ao Hemocentro Regional de Arapiraca (Hemoar), localizado na Rua Geraldo Barboza, no Centro, e que funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h30.

Para estar apto o voluntário deve ter mais de 18 anos, boas condições de saúde e portar documentos como CPF e RG, além de informar o endereço residencial. Após preencher um formulário, o candidato doa cerca de 5 ml de sangue, cuja amostra será submetida a um exame laboratorial para obter o código genético.

Com base nesta informação, será feito um cruzamento com os dados do REDOME para averiguar se o candidato é compatível com algum dos pacientes que necessitam de uma doação. Se houver compatibilidade, o voluntário será convocado para realizar a doação e, posteriormente, haverá o transplante para o receptor.

Durante o Curso de Formação de Praças, em  2018, o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP) e o Hemocentro de Alagoas (Hemoal) realizaram uma campanha de cadastramento de doadores de medula óssea, no polo Maceió. Oficiais, praças e alunos da Unidade participaram da ação, que contou com 290 inscrições no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). 

Segundo a assistente social do Hemoal, Régia Peixoto, a miscigenação genética no Brasil compromete a compatibilidade e, por isso, quanto maior o número de voluntários aumentam-se as chances de encontrar doadores compatíveis. “Nós parabenizamos o CFAP pela iniciativa e por esta ação tão significativa. Nesses dois dias conseguimos um número muito bom, o que nos leva a crer em novas oportunidades para salvar outras vidas”, avaliou Régia.

Doação

 Quanto ao processo da doação, onde o Ministério da Saúde (MS) financia todos os custos, o voluntário é submetido a uma punção na medula óssea, que não deve ser confundida com a medula espinhal. Com isso, será retirada uma quantidade de um líquido esponjoso, que posteriormente será utilizado para ser transplantado em um paciente portador de uma doença hematológica, a exemplo da leucemia.

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