Casos de alergia alimentar aumentam e acendem alerta para o cuidado com a alimentação das crianças

Casos de alergia alimentar aumentam e acendem alerta para o cuidado com a alimentação das crianças
Assessoria

Coceira e placas na pele, sensação de fechamento na garganta. Esses são sintomas típicos das alergias alimentares, caracterizadas como uma reação do sistema imunológico a algum componente presente em um determinado alimento.

As alergias alimentares têm aumentado consideravelmente com o passar dos anos. De acordo com um estudo publicado pela Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, o número de consultas e internações hospitalares decorrentes de crises alérgicas causadas por alimentos crescem cerca de 30% ao ano.

As estatísticas são ainda mais preocupantes no caso das crianças, já que as internações aumentaram 500% nos últimos 20 anos, segundo o jornal britânico “The Independent”.

Dr. Sidney Souteban, alergologista e imunologista do Sistema Hapvida Maceió, afirma que vários fatores podem estar associados ao surgimento das alergias alimentares, mas os mais comuns são anormalidades metabólicas, herança genética e alguma resposta anormal do organismo a alimentos ou seus ingredientes proteicos.

“Em bebês que estão sendo amamentados, por exemplo, a alergia alimentar se justifica pela imaturidade do sistema imune e do trato gastrointestinal. Neste caso, ele pode nascer predisposto às alergias, podendo adquiri-las ao longo da vida”, esclarece o especialista.

ALIMENTOS QUE MAIS CAUSAM ALERGIAS

No Brasil, a estimativa é que 7% da população tenha alguma alergia alimentar, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Dr. Sidney explica que os alimentos que mais causam alergias são: leite da vaca, ovo, amendoim, soja, trigo, crustáceos, peixes e nozes.

“De modo geral, ainda não existe um medicamento específico para prevenir alergia alimentar. Uma vez diagnosticada, são utilizados medicamentos para o tratamento dos sintomas, sendo de suma importância evitar novos contatos com o alimento desencadeante”, relata o médico.

No caso das crianças, o cuidado deve ser redobrado. “Aquelas que têm alergias à proteína do leite da vaca, pode ser avaliado um tratamento de dessensibilização com o próprio leite”, complementa.

ATENÇÃO AO RÓTULO DOS ALIMENTOS

O alergologista do Sistema Hapvida Maceió explica que uma parcela das alergias tem cura espontânea, mas outras podem permanecer indefinidamente. Uma dica é observar o rótulo dos alimentos industrializados buscando identificar nomes relacionados ao alimento que desencadeia a reação alérgica.

“A depender da idade da criança, é importante que, além de conscientizar o pequeno, orientar familiares, amigos e professores sobre a alergia. Vale lembrar que algumas alergias alimentares podem acarretar em transtornos nutricionais e psicológicos. Por isso, é fundamental o acompanhamento nutricional e de um profissional de saúde mental”, finaliza Souteban.

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