A prejudicidade do imediatismo nas relações humanas
Quem nunca se deparou no decorrer da sua vida com pessoas impulsivas, que querem tudo para “ontem”? Ou pior, se você é a pessoa impulsiva em questão, como você se relaciona com esse imediatismo?
Questionamentos como esse, vem à tona para nos fazer compreender que esse tipo de postura só causa angústia e ansiedade para quem sente e que pode ser transferido para as pessoas do seu convívio, seja ele no âmbito profissional e/ou pessoal.
Antes de qualquer coisa, se faz interessante que possamos compreender o que se busca com esse tipo do comportamento, seria o de controlar a qualquer custo as pessoas ou situações a sua volta ou de tentar sanar inconscientemente alguma frustração interna que você projeta nesse imediatismo, como busca interna de algo ou alguém que você nem mesmo consegue identificar?
É importante termos consciência que nunca teremos nada absolutamente sobre o nosso controle, que isso nada mais é do que mera ilusão de que somos “senhores absolutos da razão”. Ninguém está a serviço interino de ninguém e nem disponível para fazer as suas vontades no tempo em que se é desejado.
A necessidade do controle sobre situações e pessoas está perene no nosso inconsciente desde os primórdios das civilizações, é um mecanismo de defesa e de sobrevivência que trazemos conosco no nosso DNA, da nossa ancestralidade. Mais é de suma importância termos ciência de que esse tempo de caça e luta já passou e que temos o dever de quebrarmos esses velhos paradigmas para que possamos deixar o novo entrar na nossa rotina e relações.
Se vivermos nessa luta constante em querermos tudo no nosso tempo e para o mais rápido possível, além de nos tornarmos pessoas completamente intransigentes, iremos causar dor e sofrimento para as pessoas do nosso convívio, pois ninguém irá querer por perto uma pessoa que não é receptiva para a opinião do outro e nem aberta a diálogo.
Se faz importante termos conhecimento que o tempo do outro pode ser muito mais sábio que o nosso. Que o outro pode ser um grande professor na sua vida e te tornar uma pessoa resiliente dentro dos seus relacionamentos interpessoais.
Se mesmo assim, a dificuldade da mudança de comportamento persistir, saiba que nós psicólogos estaremos de prontidão para te ajudar nesse maravilhoso caminho do autoconhecimento.
E lembre-se: Escutar é uma arte, seja você o protagonista da sua vida, para mudar para melhor a sua história!
Por: Daniela Hernandez de Barros, Psicóloga (CRP 15/3726) formada pelo Centro Universitário CESMAC; Especialista em Urgência, Emergência e Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pela UNIT; Capacitação em Psicologia Jurídica e Processos Psicológicos Criminais e Capacitação em Avaliação Psicológica.