Crianças e covid-19, farmacêutica orienta sobre automedicação
Os casos de crianças infectadas pelo Covid-19 ainda é pequeno, isso porque normalmente são vistas como portadores assintomáticos, contudo elas estão sendo acometidas pelo vírus levando inclusive a morte. A farmacêutica Sabrina Neves, integrante do Grupo de Trabalho de Ensino e Pesquisa do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas, explica que um dos motivos que pode ter levado o aumento de casos em crianças é o maior tempo que os adultos estão convivendo com elas.
“As crianças apresentam menor risco de desenvolverem sintomas e apresentarem COVID-19. Muito, tem se falado que são assintomáticas e que o maior risco está associado a possibilidade de serem agentes transmissoras”, analisou.
Sabrina revela que um estudo chinês sobre a covid-19 em crianças mostrou que pouco mais da metade das crianças apresentam sintomas leves de febre, tosse, dor de garganta, nariz escorrendo, dores no corpo e espirros. “Somente um terço desenvolvia sinais de pneumonia, com febre constante, tosse e chiados no peito, mas sem a falta de ar e a dificuldade para respirar vistas nos casos mais severos da doença”, pontuou.
Já para os sintomas mais graves, ou críticos de covid-19, como falta de ar, síndrome do desconforto respiratório agudo e situação de choque, o estudo mostrou que menos de 6% das crianças desenvolvem estes sintomas. Entre as faixas etárias, crianças pequenas, bebês em particular, são mais vulneráveis à covid-19 do que outros grupos etários infantis. “As crianças que apresentam comorbidades, como asma, diabetes e obesidades e podem ser mais propensas a complicações”, comentou.
Neste momento de pandemia, segundo a farmacêutica, a recomendação continua sendo evitar aglomerações, não deixar as crianças brincarem com outras crianças fora de sua residência, evitar os parquinhos e praia. Em caso de sintomas leves orienta-se a observação em casa.
“Evitem a automedicação, principalmente, a nebulização como forma de reduzir a dispersão de aerossóis, bem como evitar o uso de corticoides sistêmicos. Apenas crianças que já fazem tratamento para asma devem manter o tratamento de manutenção”, disse.
Assessoria